domingo, 5 de setembro de 2010

Serra recua e caso da quebra de sigilo da filha cai no vazio

Jornal Correio do Brasil
4/9/2010 18:38,  Redação, de Brasília

Serra em Itajaí: Falou para pouca genteSerra em Itajaí: Falou para pouca gente

Apesar da série de ataques contra a candidata petista, Dilma Rousseff, o que lhe rendeu dois novos processos na Justiça Federal e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, negou neste sábado, em Itajaí (SC), que pretenda elevar ainda mais a temperatura da campanha eleitoral na TV, em razão da quebra ilegal de sigilo fiscal de sua filha, Veronica Serra. Sem novos argumentos, Serra afirmou que “as pessoas estão interessadas nos fatos”.
O candidato tucano voltou ao assunto, dizendo que essa situação mostra que o governo estaria a serviço de uma política eleitoral, e que isso “prejudica a democracia”. Serra acredita que a quebra de sigilo fiscal poderia acontecer contra qualquer pessoa do Brasil. Ele preferiu não comentar a última pesquisa Datafolha, que registra Dilma com 50% da preferência dos eleitores, contra 28% do tucano.
Ainda assim, o programa eleitoral de TV do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, destacou, neste sábado, informações veiculadas na imprensa de que o suspeito de falsificar procuração que levou à quebra de sigilo fiscal de sua filha, Verônica, era filado ao PT, partido de sua adversária, Dilma Rousseff.
– O Jornal Nacional revelou para todo o Brasil… o homem que usou documento falso contra a filha do Serra era filiado ao PT… É isso mesmo, filiado ao PT,” disse o narrador, que, em grande parte, repetiu os ataques desferidos no programa de TV na quinta-feira à noite à campanha de Dilma. Horas depois, a declaração seria desmentida pelo presidente estadual do PT paulista, Edinho Silva.
Ainda de acordo com o programa do tucano, o suspeito teria declarado que o pedido para a quebra de sigilos fiscais teria vindo de Brasília e Minas Gerais, onde o candidato José Serra perde para Dilma Rousseff e, ao mesmo tempo, o ex-governador mineiro Aécio Neves deverá realizar uma das votações mais expressivas do país na corrida a uma cadeira no Senado. No programa de TV, Serra também acusa o governo de atrasar as investigações sobre esse episódio e de estar se “enrolando em versões”, desmentidas pelos fatos.
Já o programa de Dilma novamente ignorou os ataques tucanos e seguiu mostrando a fase de desenvolvimento em que vive o país. Apresentou as obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), os resultados do crescimento econômico e a ascensão social dos brasileiros.
Marina Silva (PV) aproveitou o programa deste sábado, em que aparece o ex-ministro e cantor Gilberto Gil, filiado ao PV, para pedir doações por meio de seu site na Internet e votos que possam levá-la ao segundo turno.

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