domingo, 12 de setembro de 2010

Folha escondeu nome da filha de Serra em 2001 sobre o vazamento dos sigilos bancários

Os Amigos do Presidente Lula:
domingo, 12 de setembro de 2010

Folha escondeu nome da filha de Serra em 2001 sobre o vazamento dos sigilos bancários

Em 2001, o jornal Folha de São Paulo, publicou uma reportagem sobre o mesmo assunto que a revista Carta Capital resgatou essa semana.
O próprio jornal havia se aproveitado do "site" deixar estas informações abertas, para publicar uma lista de deputados que tinham passado cheques sem fundos.
A Folha disse que a empresa era Argentina, mas escondeu uma informação relevante: o nome da filha de Serra, sócia na época da empresa, ao lado da irmã de Daniel Dantas, presa na Operação Satiagraha.
Segue a matéria da  Folha de S. Paulo, 31/01/2001:

"Site pode ser processado por divulgar dados sigilosos do BC"

"O site Decidir.com pode ser processado por ter divulgado na Internet informações sobre a ‘lista negra’ do Banco Central (BC), que reúne os nomes de correntistas que emitiram cheques sem fundos nas agências bancárias do país.
Segundo o gerente de Compensação do Banco do Brasil, Luiz Carlos Oliveira, a divulgação das informações ‘está em desacordo com a resolução 1.682 do BC, que proíbe a divulgação desses dados a terceiros’.
...
Ontem, a Folha revelou que 18 deputados federais figuravam na ‘lista negra’ do BC no último dia 18 de janeiro. Ao todo, esses parlamentares haviam emitido 153 cheques sem fundos.
O recordista, nesse grupo, é o deputado Pedro Canedo (PSDB-GO), com 41 registros. Há mais de quatro anos ele tem 11 cheques pendurados na agência 0005 da Caixa Econômica Federal. E, desde o último dia 10 de janeiro, outros 30 cheques foram devolvidos pela agência 2223 da Caixa, instalada na Câmara dos Deputados.
Falhas
A diretora Comercial do Decidir.com, Cíntia Yamamoto, reconheceu à Folha que seu sistema tinha falhas. ‘Mas isso foi sanado na última sexta-feira’, disse.
‘As pessoas estavam conseguindo se cadastrar, nos últimos 10 ou 12 dias, sem comprovar relação com o comércio. Agora reformulamos as regras de acesso à base de dados e isso não é mais possível’, afirmou a diretora.
Essas informações, a rigor, só poderiam ser conhecidas pelo correntista que emitiu cheques sem fundos, pelo banco que registrou a ocorrência e por empresas comerciais.
O site Decidir.com pertence à empresa argentina de mesmo nome, que também tem filiais no Chile, no México, no Peru, no Uruguai e na Venezuela.
...
Além dos nomes de deputados que emitiram cheques sem fundos, o site também fornecia dados (nome, endereço, CPF e data de nascimento) de outras autoridades...
Também eram públicos, para comerciantes e curiosos, os dados pessoais de ministros de Estado (Pedro Parente e Aloysio Nunes Ferreira, por exemplo), artistas (como Chico Buarque) e até de vizinhos, se os interessados soubessem informar um único dado: nome completo do pesquisado. (A reprodução completa está no Observatório da Imprensa).

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