por Luiz Carlos Azenha
Vinha eu da praia entretido com o programa de rádio de uma emissora paulistana. O âncora noticiou o aumento na taxa de juros na Coreia do Sul, se não me engano para 2,5%.
Em seguida, o âncora noticiou o relatório Focus, do mercado, sobre as perspectivas para a economia brasileira.
O âncora disse que está prevista a queda da inflação e da taxa de juros.
O âncora “esqueceu” de um dos dados do relatório, que trata da previsão de crescimento do PIB (o dado que ele omitiu fala em 7,2% de crescimento em 2010).
O âncora atropelou essa informação mas foi buscar a previsão de que no fim deste ano os juros estarão em 12%.
E, é óbvio, comparou o Brasil negativamente à Coreia do Sul: eles, 2,5%; nós, 12%.
O âncora também sonegou aos ouvintes que, quando se anunciou a mais recente taxa de crescimento oficial do Brasil, a um ritmo anualizado de 9%, ele disse na televisão que um crescimento assim acelerado era um perigo e que era preciso aumentar a taxa de juros para evitar uma hecatombe.
Ele disse isso na televisão. Está gravado.
Ou seja, o âncora deve acreditar que quem o ouve na rádio não o assiste na televisão. Ou que não tem memória. Só rindo.
PS: Isso me fez lembrar da campanha eleitoral de 2006. Na reta final, segundo o Marco Aurelio Mello, ex-editor de Economia do Jornal Nacional na praça mais importante da economia brasileira, São Paulo, veio uma ordem do Rio de Janeiro mandando “tirar o pé” das reportagens econômicas, jã que em tese elas poderiam favorecer o então candidato à reeleição, Lula.
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