terça-feira, 5 de outubro de 2010

Alencar assume condenando o paulistismo | Viomundo - O que você não vê na mídia

5 de outubro de 2010 às 21:46

José Alencar assume comando da coordenação de Dilma em MG

5 de Outubro de 2010 – 18h56

do Vermelho

Vice-presidente diz que estratégia será reforçar a “mineiridade” de Dilma, seus laços com o Estado e questões ambientais

Ainda se recuperando da última cirurgia, o vice-presidente da República José Alencar assumiu nesta terça-feira (5) a coordenação da campanha em Minas Gerais da candidata à Presidência Dilma Rousseff, do PT.

O anúncio foi feito hoje em Belo Horizonte, em coletiva a imprensa. Segundo ele, a estratégia – como no primeiro turno – será reforçar a “mineiridade” de Dilma e seus laços com o Estado. Embora tenha nascido em Belo Horizonte, Dilma construiu carreira política no Rio Grande do Sul, onde morou a maior parte da vida.

Nesta etapa, porém, a coordenação quer reforçar também a ligação da ex-ministra com as questões ambientais. A motivação é clara: Minas Gerais foi um dos Estados onde Marina Silva, do PV, obteve melhor votação. Na capital, a votação da candidata do Partido Verde chegou a superar a de Dilma e também a do tucano José Serra.

Disposição para a batalha

Logo no primeiro dia da nova função, Alencar mostrou disposição juvenil para a campanha do segundo turno. O vice-presidente, com anuência do presidente Lula, reuniu-se com a maioria das lideranças de partidos da base aliada em Minas Gerais e cobrou empenho no segundo turno em favor da candidata petista. A reunião foi a portas fechadas no escritório político de Alencar, localizado no prédio da Coteminas, em Belo Horizonte, empresa do qual ele é dono.

Após a reunião, Alencar deu recados duros em relação ao que classificou de “hegemonia de São Paulo”, em relação ao domínio político, e até conclamou tucanos do Estado a confirmar, no segundo turno, o voto denominado “Dilmasia”, voto casado em Dilma e no governador eleito Antonio Anastasia (PSDB), que se confirmou no primeiro turno das eleições.

Alencar procurou justificar o desempenho de Dilma no primeiro turno relembrando que em 2002 e 2006, quando ele e Lula disputaram a eleição e a reeleição, os pleitos só se decidiram em segundo turno. “Só que naquela época, os números não eram tão exuberantes como os de hoje. O quadro é de vitória. Apenas não queremos, de forma alguma, calçar salto alto”.

Ele disse que a petista ganhou de Serra no primeiro turno. “Nós ganhamos a eleição no primeiro turno [em Minas Gerais], só que a regra do jogo exige que nós ganhemos novamente. Então nós estamos indo para a segunda vitória, para confirmar a primeira”, disse.

O vice-presidente delineou como será a estratégia no Estado. Segundo ele, a ênfase vai ser em relembrar os eleitores mineiros que Dilma nasceu no Estado, é mineira e que o Estado está há muitos anos sem assumir a Presidência da República.

“Minas é uma síntese do Brasil. Minas quando está presente significa participação de todo um país. Nós temos uma preocupação muito grande com a hegemonia de São Paulo. São Paulo é a matriz econômica do Brasil, então é muito importante que as forças políticas estejam presentes, mas contemplando o Brasil como um todo.”

Alencar disse que há muitos anos “estamos oferecendo apenas vice-presidentes”. Em seguida, ressaltou a participação de Dilma no desempenho do governo Lula como um fator preponderante. A todo o tempo ele frisou a importância de um presidente mineiro”.

“É preciso que nós estejamos atentos porque temos a responsabilidade de sermos mineiros, e o Brasil tem saudade de Minas.” De forma prática, Alencar revelou que o presidente estadual do PT em Minas Gerais, o deputado federal Reginaldo Lopes, vai coordenar os contatos com prefeitos, deputados e apoiadores no interior do Estado para que não falte material e eles saibam com quem falar.

Marina Silva e Aécio Neves

O vice-presidente José Alencar procurou elogiar tanto Marina Silva quanto o recém-eleito senador Aécio Neves. Ele afirmou que foi amigo de Marina Silva no Senado, tendo participado de projetos conjuntos. “Somos grandes admiradores dela e a respeitamos muito. Ela demonstrou muito valor nessa campanha. Ela deu uma demonstração de que é a grande mulher brasileira, da selva amazônica, que encanta o mundo. O mundo inteiro torce por Marina por causa das questões ambientais que ela defende”.

Alencar disse respeitar a decisão de Marina, de apoiar Serra ou Dilma, e procurou ressaltar que o presidente Lula deu, no entendimento dele, total autonomia a ela quando ocupou a pasta do Meio Ambiente.

Na sequência, Alencar disse que não tem nada contra o governador reeleito, Antonio Anastasia (PSDB) e desejou a ele que faça um “grande governo”, e disse que o ex-governador Aécio Neves “teve uma grande vitória e ele mereceu isso”.

“O governo de Minas foi vitorioso e constituído também com votos da Dilma por causa do ‘Dilmasia’. Isso é um fato”, disse Alencar convocando os eleitores tucanos a participar de “um momento histórico de responsabilidade cívica” e disse que não há razão para que todos os eleitores mineiros não estejam ao lado da candidata que devolve “a grande oportunidade a Minas de servir ao Brasil”.

“Me atrevo a dizer, é claro que isso é impossível, mas [esse movimento] deveria ter à frente o próprio governo vitorioso [de Minas Gerais]”, completou ele.

O encontrou, realizado um dia depois da visita de José Serra (PSDB) a Belo Horizonte, contou com mais de 70 lideranças entre deputados, representantes dos partidos da base aliada do governo em Minas Gerais, além do ex-ministro Hélio Costa (PMDB), Patrus Ananias (PT), candidatos a governador e vice-governador derrotados, e Fernando Pimentel (PT), que também não conseguiu se eleger senador no último domingo.

Fonte: Folha Online

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