domingo, 10 de outubro de 2010

Veja e o jornalismo de esgoto: ataques a Dilma e blindagem a Serra

Paulo Henrique Amorim já havia cantado a bola no dia 07: Veja vai atacar Dilma com a Petrobrás. Dilma também deixou público que já sabia da jogada da Veja falando sobre “futuras matérias” conforme demonstra o vídeo do dia 08 (aqui). Outra dica do que viria na Veja chegou do próprio Ministério de Minas e Energia que contou, conforme o site do PHA, que “desde a semana passada o Diego, da Veja, busca uma brecha para dizer que houve trambicagem na contratação do CPqD para implantar modernizações tecnológicas neste ministério, à época conduzido por Dilma e tendo Erenice como consultora jurídica. Ainda querem fazer ligação com a gestora do contrato, Maria Cristina Castro, que é amiga de Dilma e se conheceram em 1971, quando ficaram presas juntas. Sim, isso não é segredo, ela é uma profissional com excelente currículo, fluente em 5 idiomas e hoje é assessora na área internacional. Como a notícia começou a circular na Esplanada e eles têm dito que os agredimos aqui, o que não é verdade – Cristina tem sido seguida e sua família coagida pela equipe de Veja-, resolvemos nos antecipar e fazer circular a resposta que enviamos aos questionamentos do repórter durante esta semana.” Antes da própria mentira, o MME publicou o desmentido (leia aqui).
Diego Escosteguy foi o mesmo que publicou a reportagem da Veja sobre Erenice usando como fonte Fábio Baracat como dono da Via Net, o que foi desmentido na rede no mesmo dia, da mesma forma que sua sociedade na MTA também foi desmascarada. Depois foi a vez da própria fonte da Veja desmentir suas relações com as empresas e o que haveria dito. O jornalista Diego já é reincidente em notícias falsas em momentos eleitorais, como fez em 2006 contra a Caixa Econômica Federal na primeira página do Estadão. A montagem com fins eleitoreiros da Veja foi detalhada por Nassif (aqui). Depois foi a vez da Folha usar um ex-presidiário, com uma bela ficha criminal (leia aqui e aqui) tratando-o como empresário indignado e fonte de informações para continuar a campanha com o objetivo de carimbar a Casa Civil de Dilma como antro de corrupção (leia a pesquisa que desmente a mídia golpista).
Agora com as matérias sendo desmentidas antes de sua publicação, restou à Veja insistir na persistente campanha inaugurada por Mônica Serra para cunhar Dilma com o título de assassina de criancinhas. Veja e o restante do PIG têm se organizado  para construir contradições no PT e na Dilma a respeito do aborto, aproveitando os ataques da direita raivosa mais conservadora e contra as liberdades individuais organizada desde o golpe de 1964. Para dar razão aos ataques autoritaristas buscam tratar o aborto como questão simples e como tema fundamental para a campanha, como se houvesse consenso em algum partido ou mesmo entre os eleitores. Como se a questão do aborto fosse um consenso entre os eleitores e não um ponto (dentre outros) que foi explorado por oportunistas, apelando à fé cristã, para evocar o ódio religioso nos mais humildes e despolitizados, com vistas a levar a eleição para o segundo turno com Serra, usando a imagem de mulher religiosa de Marina.
Para completar o jogo sujo, orquestrado pela velha mídia, basta ver a tendenciosidade com que a Veja trata na internet o tema, na busca de concretizar o que Serra diz na propaganda: o PT e a Dilma querem o aborto. Ao mesmo tempo as opiniões de Serra no passado quanto a temas perseguidos por religiosos radicais como o homossexualismo e o aborto são blindados. Imaginando que a pregação contra o homossexualismo tiraria de Serra muitos votos, a Veja chegou apagar a posição de seu Vice, Índio da Costa, contra o projeto de lei que prevê sanções a crimes de homofobia, publicou no dia 07 de outubro, mas retirado da rede.

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No feed de matérias publicadas pela Veja, a revista na internet cria polêmicas para a Campanha de Dilma, mas não para Serra, chegando a servir de porta-voz. Veja esquece de tratar da regulamentação do aborto feita por Serra em 1998. A excessão seria a matéria sobre Índio da Costa, no dia 07, que trata do homossexualismo e a lei contra homofobia. Mas se clicarmos no link da matéria, Ops!

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Ainda bem que existem as cópias em cachê do Google que provam que a matéria um dia esteve lá, e que a Veja apagou:

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Para ler a matéria completa clique na imagem acima.

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