O PIG, na ânsia de eleger Serra, cria aberrações tão surreais que abre aos jornalistas e blogueiros novas linguagens para explicar o próprio PIG, dentre as quais, agora desponta o humorismo. Além de aproveitar a excelente resenha, ri muito com as explicações de Charles Carmo para o fênomeno Serra/DataFolha. Curtam também.
Saiu no Vi o Mundo:
4 de abril de 2010 às 9:18
Charles Carmo: Estadão recorre à “rede neural” para desqualificar Vox Populi
por Charles Carmo, em O Recôncavo
O PIG a cada dia se supera.
Dilma Rousseff há muito tempo vem subindo nas pesquisas e José Serra despencando. Às vésperas da despedida de Serra no governo paulista, misteriosamente, segundo o Datafolha, o candidato tucano “subiu” 4 pontos e Dilma caiu um ponto, o que supostamente daria ao ex-governador uma “vantagem” de 9 pontos percentuais. Registre-se que o Vox Populi apontou o inverso: Serra estagnado e Dilma Rousseff subindo três pontos, ou seja, um empate técnico.
Até mesmo o Clóvis Rossi, da Folha de São Paulo, ficou perplexo. A pergunta que todo mundo se fazia é o que teria operado este milagre. O que Serra fez para ganhar os 4 pontos? O mistério continua.
Aí, às vésperas da divulgação da pesquisa do Vox Populi, a Folha de São Paulo, dona do Datafolha, resolver, também misteriosamente, “estranhar” o fato de o Vox Populi ter incluído em seu questionário duas perguntas: se o entrevistado conhece ou não os nomes apresentados e se o eleitor saberia dizer quais cargos cada um dos quatro principais presidenciáveis ocupou.
Você imagina como estas duas perguntas podem fazer Dilma Rousseff ganhar três pontos percentuais? Eu também não. Aliás, nem eu, nem a Folha de São Paulo, que lançou a futrica sem explicar o curioso fenômeno.
Eis que descubro, lendo o Estadão, que o José Roberto de Toledo, tem uma suspeita do motivo que fez Dilma empatar com Serra: a culpa é da “rede neural”. Como? Ele também não sabe, mas afirma que existem “especulações de que a menção e repetição dos nomes dos candidatos, mais o esforço do entrevistado para lembrar-se dos cargos já ocupados pelos presidenciáveis, poderiam, juntos, acionar alguma rede neural que associa o nome de Dilma Rousseff ao governo federal e, por consequência, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inflando sua intenção de voto estimulada”.
Ou seja: segundo os neurocientistas do Estadão, Dilma Rousseff subiu na pesquisa Vox Populi por conta da rede neural.
Não sou um estudioso do cérebro, mas, para mim, uma coisa pode explicar o crescimento de Serra na pesquisa do Datafolha: a população tem raiva dos professores paulistas e adora vê-los apanhando da polícia. É o sadismo pedagógico.
Deve ser uma reação da rede neural àquela nota baixa que o eleitor tirou na prova de biologia.
Arrisco também outra hipótese: a Band virou petista e Boris Casoy deixou de caçar comunistas, como afirmou a revista O Cruzeiro, para aliar-se à Lula e aos demais vermelhos. A Band virou lulista! A única dúvida que tenho é se o Sarney canta a Internacional Socialista no chuveiro.
Para o Estadão, a culpa pelo crescimento de Dilma é dos neurônios dos eleitores.
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