quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Bancos, PiG e Serra: todos unidos contra a Petrobrás | Conversa Afiada

Publicado em 13/10/2010

Em política não há coincidência, dizia o Dr Tancredo

Eles querem tomar o pré-sal.
Vender a Petrobrax.
E, se não for possível, impedir que a Dilma diga que, no Governo Lula, a empresa de que ela foi Presidente do Conselho de Administração realizou a maior operação de lançamento de ações da História do Capitalismo.
Bancos.
O PiG (*).
E o Serra passaram a desconstruir a Petrobrás.
O Conversa Afiada já se perguntou: por que o Itaú e o PiG querem desconstruir a Petrobrás ?.
O Itaú é realizou uma peripécia singular.
Numa semana, o Itaú fazia parte de um restrito grupo de bancos que lançaram as ações da Petrobrás em TODO O MUNDO.
Na semana seguinte, o Itaú aciona a venda maciça de ações da Petrobrás, ao dizer que as ações da Petrobrás não valem um dólar furado.
Os teólogos do “mercado” – essa instituição com que a urubóloga Miriam Leitão se comunica em séances em Lourdes – dizem que existe uma “muralha chinesa” nos bancos: os “especialistas” que lançam as ações não falam com os “especialistas” que avaliam as ações.
Nos Estados Unidos tem muito “especialista” que foi parar na cadeia, porque pulou para o outro lado da muralha.
Essa operação baixista provocada, sobretudo, pelo Itaú nasceu de uma “inquietação” do “mercado”: as próximas denúncias da Veja de que a corrupção na Petrobrás tinha dimensões de um Paulo Preto.
Um horror !
Aí, o mercado teve medo da Veja e saiu a vender.
Na verdade, intencionalmente ou não, o gesto do Itaú coincidiu, acelerou ou anabolizou um movimento feroz no mercado de câmbio.
O investidor estrangeiro entrava, depositava a margem de garantia – às vezes não punha nem dinheiro, mas uma carta financeira – para aplicar no mercado futuro de cambio.
No mercado futuro e no cupom cambial.
Entrava com US$ 100 milhões e alavancava $ 700, $ 800 milhões de dólares.
Tudo para apostar na valorização do Real.
Em poucos dias, no fim da semana passada, essa operação movimentou US$ 20 bilhões.
O Governo correu e aumentou o IOF sobre a entrada de dinheiro estrangeiro – sobretudo americano – de 2% para 4%.
No mesmo dia, esse montão de dinheiro saiu a correr do mercado de câmbio e foi para títulos públicos.
Nessa fuga acelerada, vender a Petrobrás foi um grande negócio.
Vender Petrobrás, aplicar nos títulos do Tesouro, esperar a ação da Petrobrás desabar e comprar ela baratinha.
Enquanto isso, ficar aqui, na moita, atrás do biombo da Petrobrás, sem pagar IOF.
Ou seja, com o movimento de proteção do Governo brasileiro, que aumentou o IOF, o especulador encontrou um bom instrumento para se proteger e esperar a valorização do Real.
E esperar a queda das ações da Petrobrás – por causa da Veja …
Foi uma tacada de mestre.
Derruba as ações da Petrobrás.
Desmoraliza a Petrobrás.
Não deixa a Dilma citar a Petrobrás.
Espera a valorização do Real.
E dá uma mãozinha ao Serra.
O Serra, como se sabe, espera a Cápsula Fênix 2 para sair do buraco.
Essa foi uma tentativa.
Falta combinar com o Governo brasileiro.
Que não vai ficar em 4% de IOF.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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