Publicado em 01/10/2010
É do conhecimento do mundo mineral que a repórter Catia Seabra deu o drible da vaca no Serra.
Um passarinho pousou na janela lá de casa e descreveu a cena.
Catia foi cobrir um trepidante encontro de José Serra com três eleitores paulistanos.
Um comício serrista típico !
Tinha a companhia do fotógrafo Moacyr Lopes Junior.
Catia ouviu Serra dizer “meu presidente !”
Sentiu que o Enola Gay tinha acabado de despejar a bomba atômica.
Piscou o olho para o Moacyr e se afastou ostensivamente.
O que deve ter tranquilizado o Zé Baixaria, no ato de praticar uma baixaria.
E Moacyr, sorrateiramente, colocou-se bem atrás do Serra.
Moacyr ouviu tudo.
Tim-tim por tim.
Com aquela dicção paulistana do Serra – sílaba por sílaba, como se o interlocutor fosse surdo ou imbecil.
Ouviu o Serra pedir ao Ministro Gilmar Dantas (**) que prejudicasse a eleição e, de preferência, melasse a eleição.
Sim, porque se a votação estava 7 a 0, tudo o que o Gilmar poderia fazer, naquela altura, para ajudar o Serra, era adiar a votação, confundir os eleitores e os juízes – e, portanto, melar a eleição.
Permitir que Serra ganhasse no tapetão, como Bush ganhou, com o voto da Suprema Corte.
(Sem comparar o Antonin Scalia ao Gilmar – é a distância que vai de Diamantino, MT, à Atenas de Péricles).
Hoje, a Folha (*) reafirma a existência do telefonema.
É a ultima página do melancólico fim do Zé Baixaria.
E a ante-penúltima página da biografia do Gilmar Dantas (**), um especialista em telefonemas históricos.
Dr Corrêa, cadê o áudio do grampo ?
Muitas outras páginas ainda Gilmar Dantas (**) escreverá.
Até que o novo Senado vote seu impeachment, como sugeriu desde cedo este ordinário blogueiro.
Em tempo: em quem você acredita, amigo navegante: no Serra, no Gilmar ou no Moacyr ?
Em tempo 2: no dia 4 de outubro, não vai ter mais nenhum assessor para o Serra dizer: “me acha o Gilmar !”. Ele próprio vai ter que fazer a ligação.Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.
Como a Folha (*) ouviu o telefonema Serra/Gilmar | Conversa Afiada
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caro Visitante,
Publicaremos todos os comentários e opiniões que não sejam considerados ofensas, calúnias ou difamações que possam se reverter em processo contra os autores do blog.
Após publicados, os comentários anônimos não serão mais removidos.
Comentários identificados pela conta ou e-mail poderão ser removidos pelo autor ou a pedido.
Gratos,
Os editores.